sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Desodorante aerossol cresce 23% e torna-se líder de mercado

Foi em 2010 que a procura pela versão aerossol de desodorantes e antitranspirantes começou a disparar. Segundo a Nielsen, as vendas no período somaram R$ 1,3 bilhão, 23% a mais do que em 2009. O que fez a participação do produto chegar a 52%, ultrapassando, pela primeira vez, a metade do mercado. E esse segmento não para de evoluir. No primeiro semestre deste ano, sua participação já era de 56%.

Como o aerossol chega a custar o dobro dos formatos spraye roll on, o movimento mostra a sofisticação do mercado brasileiro de desodorantes, o maior do mundo, em valor, de acordo com a Euromonitor. Enquanto isso, as vendas de spray só encolhem. Usado por 35% dos consumidores em 2007, foi ultrapassado pelo aerossol em 2008, pelo roll on em 2009 e encolheu para 18% em 2010. O creme e o bastão têm juntos menos de 5% do mercado.

Líder em desodorantes e antitranspirantes com as marcas Rexona, Axe e Dove, a Unilever desacelerou há cinco anos as inovações em spray e hoje só mantém esse modelo para Rexona. "O spray é um mercado que vem perdendo totalmente a relevância. O consumidor entende que o aerossol e o roll on entregam muito mais valor", diz Andrea Salgueiro, vice-presidente de cuidados pessoais da empresa.

Com vários lançamentos este ano, inclusive do primeiro aerossol sem perfume, em julho, a Unilever quer pegar carona no crescimento do mercado para lançar, em novembro, um desodorante para os pés, em aerossol e talco. O discurso é que a transpiração dos pés é quatro vezes mais intensa do que a das axilas.

Tatiana Ponce, diretora de marketing de Nívea, explica que, na medida em que as pessoas alcançam uma condição socioeconômica melhor, buscam produtos mais sofisticados. “Vimos o mercado migrando para o roll on e agora vemos esse movimento com aerossol", afirma. A empresa também mantém o spray no portfólio, mas as inovações concentram-se em roll on e aerossol.

A migração para o aerossol não é uma questão exclusiva de tecnologia de embalagem. Segundo o diretor da Gillette, José Cirilo, o formato spray é adequado aos desodorantes, mas não aos antitranspirantes, que inibem o suor. "O spray é água com fragrância. É um produto com custo alto e baixo valor agregado, fórmula que não funciona para os fabricantes. É uma tecnologia fadada a morrer", afirma. A Gillette retirou, há mais de dez anos, o spray de seu portfólio.

Fonte: Supermercado Moderno

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